sábado, 31 de dezembro de 2011

Regras do IR 2012 saem em janeiro e não haverá versão beta do programa

Informação é do supervisor nacional do IR do Fisco, Joaquim Adir.
Entre as mudanças, haverá correção dos limites e deduções em 4,5%.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília

O supervisor nacional do Imposto de Renda da Receita Federal, Joaquim Adir, informou no dia 05-12-11 que as regras do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2012, ano-base 2011, serão divulgadas somente no fim de janeiro de 2012.

Segundo ele, haverá novamente correção da tabela do Imposto de Renda em 4,5%, conforme já determinado pelo governo federal. Este índice de correção será aplicado até 2014, ou seja, até o fim mandato da presidente Dilma Rousseff. O mesmo índice será utilizado para corrigir os limites de dedução por dependentes e Educação.

Limites
Em 2010, por exemplo, com base em valores recebidos no ano anterior, foi obrigado a declarar IR quem recebeu mais de R$ 1.499,15 por mês. No IR 2012 (ano-base 2011), este valor deverá subir para R$ 1.566,61.

A correção da tabela do IR também implicará no reajuste dos valores das deduções do Imposto de Renda. Na declaração do IR deste ano, por exemplo, quem optar pela declaração simplificada, poderá fazer o abatimento de 20% da renda tributável, limitado a R$ 13.317,09. Com a correção da tabela, esse valor deverá subir para R$ 13.916,36 na declaração de 2012.

No caso da dedução por dependentes, possível apenas por meio da declaração completa, o valor, de R$ 1.808,28 no IR 2011 (ano-base 2010), deverá avançar para R$ 1.889,64 em 2012.

Sem versão beta
Joaquim Adir, da Receita Federal, também informou que não haverá versão beta (testes) do programa do Imposto de Renda 2012 (ano-base 2011). Ele explicou que haverá poucas alterações no programa do IR do próximo ano, de modo que não será necessária a versão teste do programa.

http://g1.globo.com/economia/imposto-de-renda/2011/noticia/2011/12/regras-do-ir-2012-saem-em-janeiro-e-nao-havera-versao-beta-do-programa.html

2012 terá ao menos 10 novas leis que mexem com seu bolso
saiba quais
Aumento do mínimo e mudança no Supersimples estão entre novas regras.
Planos de saúde vão ampliar cobertura, o que pode levar a reajustes.

Do G1, em Brasília

Pelo menos 10 novas regras que interessam à população entram em vigor a partir do início de 2012. São leis, resoluções ou decretos aprovados, em sua maioria, durante o ano de 2011 com início de vigência para o começo de 2012. Confira abaixo algumas das principais mudanças que podem mexer com seu bolso.

CONFIRA NOVAS REGRAS QUE ENTRAM EM VIGOR NO COMEÇO DE 2012


Salário mínimo
A presidente Dilma Rousseff assinou antes do Natal decreto que aumenta o salário mínimo de R$ 545 para R$ 622. O aumento de R$ 77 começa a começa a valer a partir de 1º de janeiro, para pagamento a partir de fevereiro.

Micro e pequenas empresas
Empresas com faturamento anual acima de R$120 mil vão ter seus impostos reduzidos entre 12% e 26% em relação ao que pagavam anteriormente. Outra novidade é que o pequeno empreendedor poderá constituir empresa sem necessidade de sócio.

Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas
É um documento que comprovará inexistência de débitos junto a Justiça do trabalho, permitindo, assim, acesso por parte de empresas a empréstimos, programas de incentivo fiscais e participação em licitação pública.

Planos de saúde
Os planos deverão cumprir 69 novos procedimentos, como exames, cirurgias e consultas a partir de 1º de janeiro. Além disso, a ANS decidiu manter por um período a cobertura a demitidos e aposentados a partir de feveriro. Os planos alertam que as mudanças pode levar a reajustes.

Cigarros
O imposto do cigarro terá aumento gradativo nos próximos quatro anos. O preço mínimo do maço em 2012 será de R$ 3 e, em 2015, R$4,50.

Placas refletivas
Todos os veículos emplacados a partir deste ano deverão colocar placas refletivas, que tem um custo maior. Além disso, motos possuirão placas maiores.

Compras no exterior
Turistas internacionais que retornarem ao Brasil não precisarão entregar declaração de bagagem, caso as compras não ultrapassem a cota de US$ 500 para a chegada ao país por avião ou mar e de US$ 300 por via terrestre.

Poluentes
Todos os caminhões e ônibus fabricados a partir de 2012 deverão utilizar um agente redutor de enxofre, formado na combustão. Há receito de alta nos preços por conta das mudanças.

Empresas
Por conta de mudanças na legislação que entram em vigor em janeiro, empresas com faturamento anual acima de R$ 120 mil deverão pagar entre 12% e 26% menos impostos do que pagavam antes.

A redução da carga tributária se dá pelo aumento das faixas de faturamento anual - em 50% dos valores anteriores - das empresas que podem participar do Simples Nacional, sistema conhecido como Supersimples e que unifica oito impostos diferentes (IRPJ, IPI, PIS/PASEP, Cofins, CSLL, INSS patronal, ICMS estadual e ISS cobrado pelos municípios). A ampliação deve beneficiar cerca 5,7 milhões de empresas e empreendedores individuais.

Segundo Bruno Quick, gerente de políticas públicas do Sebrae, 2012 é o ano para pequenos e microempresários brasileiros. “O Brasil nunca teve uma condição tão favorável do ponto de vista das políticas públicas oferecidas aos seus empreendedores”, afirma Quick.

Outra nova lei que descomplicará a vida dos empreendedores de pequeno porte a partir de 2012 é a que permitirá a constituição de empresas sem a necessidade de sócios. A criação de uma nova modalidade de pessoa jurídica, a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), vai evitar que seja necessário buscar um sócio que sirva de avalista na criação de negócios.

Para abrir a empresa sozinho, o empreendedor terá de possuir capital social de investimento pelo menos 100 vezes maior que o salário-mínimo. Este valor equivaleria a R$ 54 mil reais em 2011. A lei também viabilizará que uma sociedade se torne um negócio individual, possibilitando a concentração das quotas de outra modalidade societária numa única pessoa.

Também entra em vigor a exigência às empresas da Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT). Este documento servirá para comprovar a inexistência de débitos com a Justiça do Trabalho.

“Era necessária [uma medida dessas] até por moralização. Se existe débito e reconhecimento judicial da pendência, a empresa tem que arcar com as consequências”, afirma o professor de macroeconomia da Universidade de Brasília Roberto Piscitelli.

Mas, para o gerente de políticas públicas do Sebrae, a exigência vai na contramão das leis que desburocratizarão o empresariado. “É uma medida que precisa ser repensada, principalmente para pequenas e microempresas”, disse Bruno Quick.

Salário mínimo
Entra em vigor em 1º de janeiro de 2012 a política de valorização do salário mínimo. A nova lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff, em fevereiro, permite ao governo editar por decreto o valor do mínimo para os próximos quatro anos.

O reajuste terá como base a inflação de um ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Antes do Natal, a presidente Dilma Rousseff assinou decreto que aumenta o salário mínimo de R$ 545 para R$ 622. O aumento de R$ 77 começa a começa a valer a partir de 1º de janeiro, para pagamento a partir de fevereiro.

Planos de Saúde
Novos procedimentos médicos deverão ter cobertura obrigatória pelos planos de saúde a partir de janeiro do ano que vem, conforme resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), publicada em agosto. Entre os 69 novos itens estão 41 cirurgias por vídeo, inclusive redução de estômago; 13 novos exames, como análise de DNA; e ampliação do número de consultas para nutricionistas e terapeutas ocupacionais.

Conforme a gerente de assistência à saúde da ANS, Karla Coelho, os planos que não cumprirem a resolução poderão sofrer penalidades de multa ou até entrar em direção técnica – acompanhamento “in loco” das atividades dos planos. Os cidadãos devem fazer suas denúncias pelo Disque ANS (0800 701 9656).

O presidente da Unimed Brasil, Eudes de Freitas Aquino, defende que a nova resolução da Agência Nacional de Saúde (ANS) seja acompanhada de compensações às operadoras, como autorizações para novos reajustes. Em entrevista ao G1, ele diz que “não existe almoço de graça” e que a nova regra da ANS eleva os custos e penaliza as empresas.

A ANS emitiu ainda resolução em que assegura as mesmas condições de cobertura dos planos de saúde aos demitidos sem justa causa e aposentados, a partir de fevereiro de 2012. A agência garante também a manutenção do plano aos dependentes.

Os demitidos podem manter o plano desde que assumam o pagamento integral da mensalidade. A permanência é assegurada por até 2 anos ou até conseguirem novo emprego. Os aposentados que contribuíram por mais de dez anos podem manter o plano pelo tempo que desejarem, desde que assumam todo o pagamento. Já os aposentados que contribuíram com período inferior, cada ano de contribuição dá direito a um ano no plano depois da aposentadoria.

Imposto dos cigarros
Por meio de um decreto, a presidente Dilma Rousseff decidiu aumentar gradativamente, por quatro anos, o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) dos cigarros. Pela nova tabela, as alíquotas terão aumento no início de cada ano, a partir de maio de 2012.

A carga tributária começa em 40% em maio; 47% em 2013; 54% em 2014; e 60% a partir de 2015. Caberá a cada empresa decidir se o aumento será repassado aos consumidores. O governo anunciou também que haverá um preço mínimo para o maço de cigarros - R$3 em 2012, chegando a R$4,50 em 2015.

Veículos
O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) também criou uma resolução que torna obrigatório o uso de placas refletivas nos emplacamentos feitos a partir do dia 1º de janeiro de 2012. As regras valem para os veículos de quatro rodas ou mais, motocicletas, motonetas, ciclomotores e triciclos.

O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) afirmou que o objetivo é aumentar a segurança no trânsito, já que em situações de chuva, neblina ou mesmo à noite, elas possibilitam melhor visualização da distância entre dois veículos. Para o analista de trânsito Luis Miura, a medida é "burocrática" e os resultados não compensam o gasto, pois os maiores beneficiários, segundo ele, são os fabricantes de placas.

Novo controle de poluição do ar para veículos automotores pesados também entra em vigor a partir de primeiro de janeiro de 2012. Caminhões e ônibus deverão utilizar o Agente Redutor Líquido de Automóvel (ARLA) para reduzir a química dos óxidos de nitrogênio formados na combustão do motor. Com as medidas, o Ministério do Meio Ambiente prevê redução no teor de enxofre de 500 a 2000 partes por milhão (ppm) para 10 ppm.

Compras no exterior
A partir de 1º de janeiro, os turistas em viagens internacionais que retornarem ao Brasil estarão liberados da entrega de Declaração de Bagagem Acompanhada (DBA), caso as compras não ultrapassem a cota de isenção. A cota de isenção de Imposto de Importação é de US$ 500 para a chegada ao país por via aérea ou marítima e de US$ 300 por via terrestre.

Conforme a Receita Federal, a medida vai facilitar o fluxo de turistas na retirada das bagagens nos aeroportos. O turista terá que pagar 50% de imposto de importação sobre o valor do produto que exceder a cota . Assim, na compra de um computador de US$ 1000, por exemplo, o turista terá que pagar US$ 250 dólares de imposto.

http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2011/12/2012-tera-ao-menos-10-novas-leis-que-mexem-com-seu-bolso-saiba-quais.html

Benefício acima de um salário mínimo começa a ser pago segunda

INSS suspendeu pagamentos nesta sexta (30) devido a recesso bancário.
Confira tabela com programação do depósito dos benefícios de dezembro.

Do G1, em Brasília


O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começa a fazer na próxima segunda-feira (2) o depósito do benefício para quem recebe mais que um salário mínimo. O pagamento da folha referente ao mês de dezembro será interrompido nesta sexta-feira (30), devido ao recesso bancário.

Por isso, o depósito para aqueles que ganham até um salário mínimo, e que começou no último dia 23, também será retomado na segunda-feira. Confira abaixo a programação para o pagamento dos benefícios da folha de dezembro, com o número final do cartão (sem o dígito) e a data correspondente.

Para quem recebe até um salário mínimo:

Número Final Data do Pagamento
6 2 de janeiro
7 3 de janeiro
8 4 de janeiro
9 5 de janeiro
0 6 de janeiro

Para quem recebe acima de um salário mínimo:

Número final Data do Pagamento
1 e 6 2 de janeiro
2 e 7 3 de janeiro
3 e 8 4 de janeiro
4 e 9 5 de janeiro
5 e 0 6 de janeiro

http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2011/12/beneficio-acima-de-um-salario-minimo-comeca-ser-pago-segunda-feira.html

Seguro-desemprego terá reajuste de 14,1% a partir de 1º de janeiro

Reajuste é o mesmo aplicado ao salário mínimo pelo governo federal.
Resolução do Codefat foi publicada no Diário Oficial da União.

Do G1, em Brasília


Uma resolução do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) publicada na edição desta sexta-feira (30) do Diário Oficial da União estabelece reajuste de 14,1% no valor do seguro-desemprego a partir do dia 1º de janeiro.

O reajuste é o mesmo aplicado pelo governo federal ao salário mínimo, que também começa a valer a partir do dia 1º de janeiro.

Valor
De acordo com a resolução, quando a média dos últimos três salários do trabalhador antes da dispensa for de até R$ 1.026,77, o valor da parcela vai ser o resultado da média salarial multiplicado por 0,8.

Se a média dos últimos três salários do trabalhador ficar entre R$ 1.026,78 e R$ 1.711,45, multiplica-se por 0,8 até o limite da faixa anterior e, acima disso, será aplicado o fator 0,5. A parcela do seguro desemprego, neste caso, é o resultado da soma dos dois valores.

Ainda segundo a resolução, nos casos em que a média dos últimos três salários do trabalhador ficar acima de R$ 1.711,45, o valor da parcela do benefício é de R$ 1.163,76.

http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2011/12/seguro-desemprego-tera-reajuste-de-141-partir-de-1-de-janeiro.html

Renegocie para pagar menos juros em 2012

Com dez cartões de crédito, dona de casa chegou a dever R$ 300 mil.
Negociação ruim pode multiplicar dívida; saiba evitar armadilhas.

Ligia Guimarães Do G1, em São Paulo


A dona de casa Dora Teixeira, 54 anos, de Porto Alegre (RS), aprendeu na prática que renegociar uma dívida atrasada pode ser difícil e custar caro. Ela passou pela experiência depois de chegar a dever cerca de R$ 300 mil, entre financiamentos de um sítio para a família, empréstimos pessoais e cartões de crédito.

A dívida começou pequena, com uma sequência de pequenos atos que, hoje, ela avalia como erros: empréstimos pessoais, saques e compras em cerca de dez cartões de cartão de crédito. Por vezes, sacava dinheiro de um cartão para pagar outro. Quando se deu conta do problema e tentou, sozinha, conversar com os credores para parcelar o montante, viu a dívida se multiplicar por causa dos juros altos cobrados no acordo de renegociação.

“Fui multiplicando a dívida nesses acordos. Um cartão com fatura de R$ 3 mil em aberto, eu ia renegociar e subia para R$ 15 mil. Mas aí foi chegando nesse valor absurdo”, conta Dora, que decidiu pedir ajuda a um advogado quando o montante chegou perto dos R$ 300 mil.

A dona de casa, que perdeu noites de sono por causa da dívida, conta que a ansiedade de querer finalmente pagar o que devia fazia com que ela aceitasse acordos precipitadamente com os credores para, no mês seguinte, perceber que não teria condições de honrar as parcelas.

"Eu queria resolver o problema, então qualquer coisa que o banco propunha eu aceitava. Não dormia, não podia me sentir uma pessoa caloteira. Eu não sabia colocar no papel o quanto eu ganho, o quanto eu gasto e o quanto sobra, que é o tanto que eu posso usar para pagar as dívidas. Hoje eu aprendi a fazer um roteiro, anotar tudo que eu gasto, e comparar", comemora Dora, cuja dívida hoje caiu para R$ 100 mil, ainda pesada para a renda média mensal de R$ 2 mil.

Depois de cortar radicalmente os gastos de lazer, procurar atividades para aumentar a renda e mudar os hábitos financeiros de toda a família, ela diz que aprender a usar o crédito mudou sua vida de muitas maneiras. "Até minha filha entendeu. Falei para ela que eu errei, mas que o importante era que estamos juntas", diz. A menina já aprende a lidar com dinheiro desde pequena. "Ela quer uma Barbie de aniversário. No começo do ano combinei que ela ia juntar do dinheirinho que ganha da madrinha, meu, e que em outubro eu complementaria o que faltasse e esse seria o meu presente. Quando chegou a data, dei R$ 24, ela foi à loja, comprou e ficou muito feliz, satisfeita", comemora a mãe.

A dificuldade para resolver dívidas acumuladas que atrapalhou Dora é comum, na avaliação do assessor econômico da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida. "O brasileiro não sabe negociar suas dívidas", diz o especialista. Ele explica que manter um bom nome na praça ajuda inclusive a se pagar juros menores quando precisar de um novo empréstimo. (Veja no vídeo acima: Mara Luquet dá dicas para sair das dívidas)

O educador financeiro Mauro Calil alerta: quanto mais fácil, mais caro o empréstimo. "Se alguém vai te dar crédito com o nome sujo, vai te emprestar com o juro mais alto. Aquelas propagandas na TV que prometem empréstimo sem verificação no Serasa só conseguem isso porque o juro é tão alto e absurdo que eles não estão nem aí. Se o tomador pagar uma ou duas parcelas, eles já estão no lucro", diz Calil.

Como negociar da forma correta? O G1 consultou entidades e especialistas que dão dicas. Confira:

PASSO A PASSO PARA RENEGOCIAR DÍVIDAS

1º - Anote em um papel todas as contas que estão para vencer ou vencidas. Para facilitar, tente colocar juntas as dívidas de uma mesma loja e, no final, faça a soma total dos valores que está devendo em cada um dos lugares.

2º - Coloque também no papel o quanto é sua renda, quanto são seus gastos fixos e o que sobra.

3º - Não se sinta constrangido ao renegociar a dívida. A iniciativa de procurar a negociação já mostra a intenção de honrar o compromisso. "Primeiro as pessoas têm vergonha de fazer isso, porque vão ter que se expor a uma quebra moral da palavra dela", diz o educador financeiro Mauro Calil. Seja sincero com o atendente que irá avaliar o seu caso e fale abertamente sobre os motivos que fizeram você deixar de pagar as contas.

4º - Na negociação, faça as seguintes perguntas para o credor, segundo orienta Mauro Calil:
- qual o valor original da dívida?
- quais os juros da dívida?
- qual o valor do produto em si?
- depois da renegociação, qual o valor total? Se for maior que o original, não aceite.

5º - Se perceber que não vai ter como pagar uma ou demais parcelas da (s) dívida (s), entre em contato com a(s) loja(s) e explique a situação. Tente fazer isso o quanto antes, para evitar que assim que a dívida fique cada vez maior.

6º - Antes de renegociar, faça os cálculos e anote no papel uma proposta que se encaixe no seu orçamento. Jamais recorra ao cheque especial, saques de cartão de crédito ou empréstimos que possuam taxas muito altas para cobrir o "rombo". Tente procurar alternativas mais baratas, como o crédito consignado, por exemplo.

"A pior coisa que alguém pode fazer é pegar dinheiro com uma financeira para pagar a outra. Esta é a verdadeira origem da bola de neve. Se você está tentado a fazer isso, pare, não faça nada, fique inadimplente que é muito melhor. Uma coisa leva a outra e a dívida nunca para de aumentar".


7º - Entre em contato com a instituição onde seu nome está sujo. Verifique em qual cartório está o registro e peça um extrato para verificar qual o estabelecimento que fez o protesto. Depois de quitar a dívida, peça ao estabelecimento uma declaração de quitação de dívida. Dirija-se ao cartório e peça o cancelamento do protesto.

8º - Na hora de renegociar com a loja/banco/financeira, tenha em mãos todas as informações que podem ajudar na conversa, como as contas em atraso e as cartas de cobrança que recebeu em casa.

9º - Fique atento: muitas vezes uma mesma dívida é cobrada por várias empresas de cobrança contratadas pelo credor. Para não confundir, reúna todas as cartas e identifique qual apresenta a melhor proposta de renegociação e parcelamento da dívida.

10º - Leve também algum documento oficial com foto para a conversa de renegociação, como o RG. Se estiver desempregado, é interessante levar a carteira profissional.

11º - No momento da renegociação, ouça a proposta que o atendente irá lhe apresentar e, caso você não esteja de acordo, apresente a sua contraproposta. Dica para reconhecer uma boa proposta: "Multiplique o valor da parcela pelo número total de parcelas: o resultado tem que ser menor que o valor original da dívida. Se for menor, é sinal de que a negociação começou a ficar boa", ensina o educador financeiro Mauro Calil.

12º - Ao fechar a renegociação, você deverá receber um novo contrato da sua nova dívida. A partir daí, o estabelecimento tem cinco dias úteis para pedir a retirada do seu nome do SPC/Serasa. Guarde o contrato novo como comprovante.

Fonte: Serasa, educadores financeiros Mauro Cal

http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2011/12/abusou-das-dividas-renegocie-para-pagar-menos-juros-em-2012.html
2012 sem dívidas é possível – e necessário

Finanças pessoais


Brasileiros têm um ano incerto pela frente: com a economia desaquecida e o endividamento em alta, o momento é de cautela nos gastos

Carolina Almeida
Os endividados podem substituir dívidas com juros altos por créditos mais baratos, como o consignado

Os endividados podem substituir dívidas com juros altos por créditos mais baratos, como o consignado (Jupiterimages)

Lidar com as finanças pessoais em 2011 foi uma tarefa desafiadora. No primeiro semestre do ano a taxa de juros aumentou e chegou 12%, o governo criou mecanismos para forçar a redução do crédito e as prestações com a compra de veículos, imóveis e outros bens passaram a corroer de forma importante o orçamento das famílias. O resultado disso não podia ser diferente: o brasileiro terminou o ano endividado.

Segundo a pesquisa de endividamento da Confederação Nacional do Comércio, o percentual médio de famílias endividadas em 2011 foi 62,2%, ante 59,1% no ano 2010. Contudo, a reversão desse quadro não é tarefa impossível. Para os que não conseguiram evitar o endividamento ao longo do ano, é hora de apertar os cintos. Já para os que estão com as finanças em dia, o momento é de cautela: 2012 não dá indícios de que será um ano fácil.

Cenário incerto - O último trimestre do ano é uma amostra confiável de como a economia brasileira se comportará no início de 2012. A geração de empregos em novembro no país foi a menor em 11 meses, segundo dados do Ministério do Trabalho. Já a produção industrial recuou 2,6% no acumulado do ano até outubro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, a renda do brasileiro tende a evoluir muito pouco além da inflação. Um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado em dezembro mostra que o aumento real médio dos salários das categorias com data-base no 2º semestre tende a ficar em torno de apenas 1,36%.

A desaceleração da geração de emprego, o desaquecimento da indústria e a estabilização da renda média do trabalhador são sinais de que o brasileiro poderá ter um ano mais complicado. O primeiro número não significa que o país poderá enfrentar uma onda de demissões – e sim que os empregos criados poderão não ser tão fartos como foram em 2010 e no início de 2011. Com uma indústria desaquecida, as importações tendem a aumentar, enquanto as novas contratações podem ser escassas e as demissões, mais frequentes. Já a estabilização da renda mostra que os aumentos salariais – galopantes em alguns setores, como a construção civil – não deverão avançar muito acima da inflação.

No setor de serviços – o grande empregador do país -, os resultados da desaceleração também começam a aparecer. De acordo com os dados IBGE referentes ao terceiro trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor de serviços recuou 0,3%, puxado, sobretudo, pelo comércio, que recuou 1% no período. O exemplo mais recente dessa perda de fôlego está nas vendas do varejo neste Natal. Segundo dados da Serasa Experian, as vendas avançaram 2,8%, ante uma alta de 15,5% no período natalino de 2010. As razões atribuídas por analistas são o aumento da inadimplência e o endividamento da população.

Governo entra em ação – Para impedir que o país seja afetado por uma onda pessimista e manter o consumo aquecido, o governo federal entrou em ação ainda em 2011. Primeiro, o Banco Central iniciou uma trajetória de redução da taxa de juros, temendo que a economia brasileira fosse afetada pelos respingos da crise europeia. Por fim, em dezembro, o ministro da Fazenda Guido Mantega anunciou medidas de redução tributária. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) do fogão foi reduzido de 4% para zero, da geladeira, de 15% para 5%, da máquina de lavar, de 20% para 10% e do tanquinho, de 10% para zero. Em seguida, a própria presidente Dilma Rousseff chegou a afirmar, em seu programa de rádio matinal, que a população “deve continuar consumindo”.

Consumir com cautela, poupar sempre - O fato é que, consumir, diante deste cenário, exige cautela – sobretudo se há endividamento. “As dívidas são a parte mais cara da brincadeira”, afirma o professor de finanças da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo, Keyler Carvalho Rocha. O especialista recomenda que os consumidores moderem seus gastos com supérfluos no início do ano e priorizem o pagamento das dívidas contraídas do Natal, além das despesas típicas de início do ano, como o pagamento de IPTU, IPVA, matrículas e compra de material escolar.

Se o décimo terceiro tiver de ser usado para quitar dívidas, o professor ressalta que é preciso priorizar as contas com os juros mais elevados, como cartões de crédito e cheque especial. Se a remuneração não for suficiente para saldar todas elas, uma opção, em último caso, é substituir as dívidas que possuem juros altos por outra, a juros menores, como o crédito consignado. Para 2012, a recomendação é eliminar todos os gastos supérfluos e readequar o orçamento para conseguir quitar todas as dívidas ao longo do ano.

Consumidores que não se encaixam no quadro de endividamento podem respirar mais tranquilos, ainda que devam manter a atenção aos gastos. Separar uma parte do décimo terceiro para investimentos é o caminho ideal. Cadernetas de poupança, fundos de renda fixa e Certificado de Depósito Bancário (os famosos CDBs) continuam sendo as opções mais indicadas para investidores iniciantes. “Quanto mais se poupar e guardar, será melhor”, afirma Rocha. O professor ainda lembra que, diante das projeções incertas para 2012, é preciso ter cuidado redobrado, mesmo para os que não estão endividados. “É sempre importante poupar mensalmente para guardar durante o ano. E isso deve ser feito sempre, mesmo quando a economia vai bem. É preciso estar prevenido”, diz.

http://veja.abril.com.br/noticia/economia/um-2012-sem-dividas-e-possivel-e-necessario

sábado, 24 de dezembro de 2011

DOU, Nº 238, Seção 1, 13 de dezembro de 2011, pg. 57-58 PDF Imprimir E-mail
Qua, 21 de Dezembro de 2011 21:59

Publicada em Diário Oficial da União, a Portaria nº 1.682, de 8 de dezembro de 2011, da FUNAI, que estabelece as diretrizes e critérios a serem observados na concepção e execução das ações de proteção territorial e etnoambiental em Terras Indígenas.

DOU, Nº 238, Seção 1, 13 de dezembro de 2011, pg. 57-58


Fundação Nacional do Índio

Portaria nº 1.682, de 8 de dezembro de 2011

Estabelece diretrizes e critérios a serem observados na concepção e execução das ações de proteção territorial e etnoambiental em terras indígenas.

O PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO – FUNAI, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelo Estatuto, aprovado pelo Decreto nº 7.056, de 28 de dezembro de 2009, e considerando a necessidade de regulamentar a participação de indígenas nas ações de vigilância territorial e ambiental, assim como nas atividades de localização e monitoramento de referências de povos indígenas isolados promovidas pela FUNAI para proteção das terras que habitam e usufruem por direito, bem como de povos indígenas isolados;

Considerando que a terra indígena é de domínio constitucional da União, nos termos do art. 20, XI da CF/88 e que é papel institucional desta Fundação proteger e fiscalizar as terras indígenas, nos termos do art. 231 da CF/88, devendo coibir as invasões e atividades ilícitas no interior das terras indígenas garantindo o usufruto exclusivo dos recursos naturais e das demais riquezas nelas existentes pelos povos indígenas;

Considerando a importância da ocupação tradicional indígena sobre a totalidade de seus territórios e a necessidade de contribuir e apoiar os povos indígenas no uso e ocupação das áreas demarcadas, garantindo a integridade e proteção das terras indígenas e dos recursos naturais ali encontrados, nos termos do art. 2, II e alíneas e art. 21, IX do Decreto 7.056/09;

Considerando que o conhecimento dos povos indígenas sobre seus territórios é elemento fundamental das ações de vigilância promovidas pela FUNAI, e que esta reconhece os serviços ambientais prestados pelas terras e povos indígenas;

Considerando que a participação indígena nas ações de proteção territorial e etnoambiental em suas terras é uma expressão do exercício da autodeterminação e do direito de participação dos povos indígenas, nos termos do Decreto 5.051/04, conferindo eficiência às atividades;

Considerando que o conhecimento dos povos indígenas sobre as dinâmicas de ocupação de povos indígenas isolados, cujos territórios são incidentes ou colidentes com os seus, é fundamental para as atividades de localização e monitoramento de grupos indígenas isolados; e

Considerando a necessidade de regulamentar a participação indígena nessas ações, com respeito aos princípios constitucionais que regem a administração pública, garantindo um apoio complementar à subsistência dos indígenas que se ausentam temporariamente de suas atividades cotidianas, donde provêm as necessidades básicas para cumprir suas obrigações e responsabilidades sociais com sua família nuclear e extensa, durante o período da atividade executada;

RESOLVE:

Art. 1º – As diretrizes e critérios que devem ser observados na concepção e execução das ações de vigilância territorial e ambiental de terras indígenas, bem como de localização e monitoramento de referências de povos indígenas isolados, a cargo da Diretoria de Proteção Territorial, pela Coordenação Geral de Monitoramento Territorial e Coordenação Geral de Índios Isolados e de Recente Contato desta Fundação, em cumprimento das obrigações estabelecidas no art. 21 do Decreto n.º 7.056, de 28 de dezembro de 2009, atenderão ao disposto nesta Portaria e na legislação pertinente.

Art. 2º – São diretrizes para a concepção e execução das ações de vigilância territorial e ambiental de terras indígenas e de localização e monitoramento de referências de povos indígenas isolados, ou simplesmente ações de proteção territorial e etnoambiental:

I – A realização de reuniões entre a FUNAI e as comunidades indígenas para nortear as ações de proteção territorial e etnoambiental nas terras indígenas e para estabelecer prioridades de atividades a serem desenvolvidas com vistas a promover a integridade efetiva das terras indígenas e suas riquezas naturais;

II – O reconhecimento da participação indígena nas ações de vigilância territorial e ambiental, bem como de localização e monitoramento de povos indígenas isolados, promovidas pela FUNAI, observados os critérios estabelecidos nesta Portaria, bem como a competência da Diretoria de Proteção Territorial na formulação, planejamento e coordenação das políticas de proteção territorial das terras indígenas;

III – A garantia, proteção e promoção da reocupação tradicional dos territórios indígenas, alcançando as áreas mais vulneráveis e ameaçadas por atividades ilegais nas terras indígenas, respeitados os modos de vida e formas de gestão dos povos indígenas; e

IV – O estímulo ao protagonismo indígena na defesa de seus territórios, como incentivo à autodeterminação e à participação social das comunidades indígenas, respeitadas as formas de organização social de cada povo indígena.

Art. 3º – São critérios para a participação de indígenas nas ações de proteção territorial e etnoambiental desenvolvidas pela FUNAI:

I – Os indígenas que participarão das ações de vigilância territorial e ambiental nas terras indígenas que habitam e usufruem por direito, ou em áreas próximas no caso das ações de localização e monitoramento de referências de povos indígenas isolados, devem ser indicados por suas comunidades, lideranças, organizações indígenas ou conforme as regras de organização e controle social de seu povo;

II – A indicação dos indígenas que participarão das ações coordenadas pela FUNAI deverá ser feita em reunião com as comunidades, com registro em Ata de Reunião com assinatura dos presentes, de forma a legitimar a escolha dos indígenas pela comunidade;

III – A indicação dos indígenas que participarão das ações coordenadas pela FUNAI deverá observar a representatividade das diferentes aldeias e/ou etnias da(s) terra(s) indígena(s) objeto dos planos de trabalho de proteção territorial da FUNAI e/ou a existência de referências de povos indígenas isolados;

IV – A indicação dos indígenas pelas comunidades deverá considerar o não envolvimento dos indígenas em atividades ilícitas e/ou prejudiciais ao convívio em sua comunidade;

V – indígenas indicados devem:

a) ser maior de dezoito anos;

b) residir em território indígena objeto das ações de vigilância territorial e ambiental e/ou em áreas próximas a áreas de ocupação de povos indígenas isolados;

c) ter aptidão física para desenvolver as atividades que integram as ações de vigilância e proteção territorial e etnoambiental;

d) ter conhecimento dos acessos à área interna e ao longo do perímetro da terra indígena objeto das ações de vigilância territorial e ambiental e/ou de localização de referência de povos indígenas isolados;

e) comprovar experiência em ações de vigilância de terras indígenas, localização de referências de povos indígenas isolados, ou ter formação em agente ambiental ou brigadista indígena; e

f) declarar formalmente o seu não envolvimento em atividades ilícitas e/ou prejudiciais ao convívio em sua comunidade, tais como venda de madeira, garimpo, caça e pesca ilegais, tráfico de drogas, alcoolismo e outros.

VI – A lista dos indígenas que participarão das ações de vigilância territorial e ambiental e de localização e monitoramento de referências de povos indígenas isolados deverá integrar os planos de trabalho de proteção territorial elaborados pelas Coordenações Técnicas Locais, Frentes de Proteção Etnoambiental e Coordenações Regionais da FUNAI, com o acompanhamento da Coordenação Geral de Monitoramento Territorial – CGMT desta Fundação.

Art. 4º – A concessão do auxílio financeiro aos indígenas que participam das ações de vigilância territorial e ambiental da FUNAI deverá estar vinculado a um plano de trabalho de proteção territorial.

§ 1º Os recursos para custear a concessão do auxílio financeiro de que trata esta Portaria serão descentralizados para as Coordenações Regionais após a aprovação do plano de trabalho de proteção territorial pela Coordenação Geral de Monitoramento Territorial.

§ 2º As ações de vigilância territorial e ambiental deverão ser detalhadas na programação do plano de trabalho de proteção territorial enviado à Coordenação Geral de Monitoramento Territorial, com a definição prévia e de forma justificada, do número de indígenas necessários para o desenvolvimento dos trabalhos.

§ 3º As ações de localização e monitoramento de referências de povos indígenas isolados deverão constar de plano de trabalho de proteção territorial enviado à Coordenação Geral de Índios Isolados e Recém Contatados, com a definição prévia e de forma justificada, do número de indígenas necessários para o desenvolvimento dos trabalhos pelas Frentes de Proteção Etnoambientais.

§ 4º O auxílio financeiro será concedido preferencialmente aos indígenas que não possuam renda.

Art. 5º – A concessão do auxílio financeiro aos indígenas que participam das ações de vigilância ambiental e territorial deverá ser efetuada por meio do Elemento de Despesa 33.390.48.01.

§ 1º A participação dos indígenas nas ações de proteção territorial e etnoambiental e a respectiva concessão do auxílio não poderá exceder o período de até três meses consecutivos por ano e por indivíduo, garantindo a ampla participação e a alternância de indígenas nessas ações.

§ 2º A Coordenação Geral de Monitoramento Territorial e a Coordenação Geral de Índios Isolados e Recém Contatados poderão considerar casos excepcionais de periodicidade consecutiva mediante justificativa e dentro de sua esfera de competência.

§ 3º O valor do auxílio financeiro concedido por dia em que o indígena estiver a disposição da FUNAI para as ações de proteção territorial e etnoambiental, deverá ser de 30% (trinta por cento) do valor estipulado pelo Governo Federal para a concessão de diárias de servidores estatutários federais não ocupantes de cargos em comissão ou de natureza especial.

§ 4º Quando possível, o auxílio financeiro em referência dar-se-á com o fornecimento de cestas básicas, materiais de construção ou ajuda financeira, nos termos a serem definidos no plano de trabalho respectivo, limitado ao valor estipulado no parágrafo anterior.

§ 5º A concessão do auxílio financeiro só poderá ser realizada diretamente ao beneficiário, não se admitindo qualquer tipo de intermediação, devendo as Coordenações Regionais apoiar os indígenas na obtenção da documentação necessária para tal.

§ 6º A Coordenação Geral de Monitoramento Territorial e a Coordenação Geral de Índios Isolados e recém Contatados da Diretoria de Proteção Territorial analisarão a concessão dos auxílios financeiros aos indígenas que participam das ações de proteção territorial e etnoambiental das terras indígenas, devendo a Coordenação Regional e a Frente de Proteção Etnoambiental responsável pela execução das ações apresentar, respectivamente, plano de trabalho e relatório de atividades com a prestação de conta dos pagamentos de auxílio financeiro aos indígenas.

Art. 6º - Ficam convalidadas as autorizações para concessão de auxílio financeiro a indígenas realizada em vigilância territorial e ambiental, até a data de publicação desta Portaria.

Art. 7º – Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

MÁRCIO AUGUSTO FREITAS DE MEIRA


http://www.cpiacre.org.br/1/index.php?option=com_content&view=article&id=161:dou-no-238-secao-1-13-de-dezembro-de-2011-pg-57-58&catid=35:noticias&Itemid=55

Cartões de índios serão confiscados

DOURADOS AGORA
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Foto: Divulgação
Polícia Federal apreendeu cartões em poder de comerciantes ligados ao tráfico

Mais de mil cartões de índios inseridos em programas sociais como o Bolsa Família e o Vale Renda, poderão ser cancelados em Dourados. A medida é uma sugestão da Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). O objetivo é cancelar cartões que foram tomados por alguns proprietários de mercados e mercearias, dentro e fora da Reserva Indígena.

De acordo com a coordenadora regional da Funai em Dourados, Maria Aparecida Mendes de Oliveira, paralelo à medida, a entidade pretende realizar campanha de conscientização nas aldeias. “A proposta é orientar a comunidade sobre os riscos de se transferir cartão e senha para terceiros. A Funai não tem o poder de prender comerciantes, mas já denunciou casos que estão sendo investigados pela Polícia Federal. A atividade ilegal poderá ser desmantelada em Dourados, é o que acreditamos”, destaca.

De acordo com informações da própria comunidade indígena, um grupo de comerciantes estaria retendo cartões bancários de índios para liberarem compras, principalmente de bebidas alcoólicas. De acordo com lideranças das aldeias Jaguapirú e Bororó, os comerciantes denunciados seriam do ramo alimentício e vestuário. Eles estariam espalhados pela Reserva e bairros de Dourados.

As denúncias aconteceram depois de deflagrada a Operação Tekohá, da Polícia Federal, que apreendeu em julho, dezenas cartões de benefícios e carteiras de trabalho com supostos traficantes nas aldeias. Na época a PF ouviu indígenas e instaurou procedimento investigativo.

http://www.correiodoestado.com.br/noticias/cartoes-de-indios-serao-confiscados_136116/

Índios katukina espancam taxista em Cruzeiro


O taxista Sérgio Vasconcelos foi agredido por índios da aldeia katukina de Cruzeiro do Sul (a 640 quilômetros de Rio Branco), neste final de semana. Seu estado é grave.

Vasconcelos costumava prestar serviços para os índios da região e nesta última vez foi espancado e largado inconsciente, no carro, em local bem próximo da aldeia.

A Polícia Civil investiga o que aconteceu. “Estamos investigando o que motivou a agressão”, diz o delegado Elton Futigami, titular da Delegacia Geral de Cruzeiro do Sul.

O irmão de um dos agressores, Nonato Katukina, admitiu a violência contra o taxista e foi até a delegacia denunciar o irmão.

Sérgio Vasconcelos continua em estado grave, na unidade de terapia intensiva do Hospital do Juruá.

Para Fernando Katukina, liderança da aldeia katukina, o que provoca comportamentos desse tipo é o consumo de bebida alcoólica.

http://www.agazeta.net/index.php?option=com_content&view=article&id=7438:indios-katukina-espancam-taxista-em-cruzeiro-do-sul&catid=127:policia&Itemid=525

Uma tragédia indígena

Na margem da BR-463, entre Dourados e Ponta Porã, no sul do Mato Grosso do Sul, a indiazinha Sandriele, de 2 anos de idade, passa o dia inteiro deitada num colchão velho e apodrecido sob a lona de uma barraca escaldante. O acampamento chama Apikay. Com uma dúzia de barracos parecidos, fica na estreita faixa que separa a cerca de um canavial do acostamento da rodovia. A família inteira de Sandriele vive há oito anos ali, sustentada pelas cestas básicas doadas pelo governo. A líder religiosa do grupo, a índia Damiana, reivindica a mata que fica exatamente do outro lado da rodovia, a poucos passos do acampamento. Ela, filhos, netos e agregados passam os 365 dias do ano totalmente desocupados, apenas olhando para o local que julgam sagrado. E ouvindo o barulho irritante dos carros, ônibus e caminhões que passam a mais de 100 quilômetros por hora. "Meus pais e meus avós estão enterrados ali", repete, cercada de crianças, olhando para o outro lado da pista. Nas três visitas que ÉPOCA fez ao acampamento, sempre durante o dia, índios adultos da família de Damiana e Sandriele pareciam alcoolizados. Em setembro de 2009, as barracas foram incendiadas por gente estranha ao grupo e um índio foi baleado. O procurador Marco Antonio Delfino, do Ministério Público Federal (MPF), trata o ataque como "tentativa de genocídio".

Ameaças, tiros, espancamentos e assassinatos são apenas uma das manifestações do estado precário em que vivem os índios da etnia guarani-caiová. Espalhada por Dourados e pouco mais de 20 municípios ao redor, trata-se da maior população indígena do país, entre as 220 etnias conhecidas. São 45 mil pessoas instaladas na periferia das cidades médias, em alguns fundões de fazendas produtoras de soja ou cana, em barracas de lona improvisadas em beiras de rodovia e em várias pequenas áreas demarcadas como ilhas que, somadas, totalizam 42.000 hectares. Se todos os guaranis-caiovás estivessem concentrados num mesmo local, essa cidade indígena teria uma população maior que 89% dos municípios brasileiros. Os indicadores sociais e de violência dessa população, reunidos pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ligado à Igreja Católica, são os seguintes:


· com a segunda maior população indígena do país, Mato Grosso do Sul é o Estado líder em assassinato de índios. Ganha da soma de todos os outros juntos. Nos últimos oito anos, ocorreram 250 homicídios de indígenas no Estado, ante 202 no resto do Brasil. Quase todas as vítimas eram guaranis-caiovás;

· entre os guaranis-caiovás há um absurdo índice de suicídios. Entre 2003 e 2010, 83% dos suicídios de indígenas foram cometidos por indivíduos desse grupo (176 casos, ante os 30 no resto do Brasil). Na história recente da etnia também há registros de suicídios de crianças, algo raríssimo em qualquer lugar;

· a fome ainda assombra os guaranis-caiovás. Em 2005, houve um surto de mortes de crianças por desnutrição. Agora, a carência é mascarada pela distribuição de cestas básicas pelo governo. A Funai estima que 80% dos guaranis-caiovás dependem delas para sobreviver. A mortalidade infantil é de 38 óbitos para cada 1.000 nascimentos, ante a média de 25 no resto do Brasil;

· tudo somado, a expectativa de vida de um guarani-caiová é de 45 anos, ante 73 dos brasileiros em geral. É um padrão igual ao do Afeganistão, país que, no último relatório das Nações Unidas, apareceu na 8ª pior posição numa lista de 195. Apesar de viver situação de guerra, um iraquiano nascido hoje deverá viver 14 anos a mais que um guarani-caiová. Um bebê haitiano viverá 16 anos mais.

Além do Cimi, do MPF e de antropólogos, a tragédia dessa população já foi denunciada por diversos organismos internacionais, como a ONU e a organização Anistia Internacional. Não se trata de um problema desconhecido das autoridades brasileiras. Pouco depois de deixar o Ministério do Meio Ambiente, a senadora Marina Silva (PV-AC) enviou uma carta ao então presidente Lula alertando sobre o "grau extremo da crise humanitária" na região. Igualmente enfática tem sido a vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat. Ela já classificou a situação como "a maior tragédia conhecida na questão indígena em todo o mundo".

A causa essencial da violência na região é produto de um conjunto de erros históricos cometidos pelo Estado brasileiro. Entre 1915 e 1928, ignorando o modo de vida dos guaranis-caiovás, o Serviço de Proteção aos Índios (SPI), depois substituído pela Funai, demarcou oito pequenas reservas no sul do Estado. Dizia que esses espaços seriam suficientes para abrigar índios de diferentes etnias e grupos familiares que viviam espalhados pela região. As oito áreas somam 18.000 hectares. "Misturaram grupos diferentes, afastaram outros de seus locais sagrados, os tekohás (lugar de nascer e morrer na cultura guarani). Isso gerou e continua gerando muitos conflitos entre os próprios índios", diz a antropóloga Lucia Helena Rangel, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Dentro das oito áreas, o SPI impôs regras de conduta militar, criou milícias indígenas, apoiou o ingresso de missões evangélicas e favoreceu índios da etnia terena, em detrimento dos guaranis-caiovás, na distribuição de lotes e na hierarquia das instituições.

Ao mesmo tempo que procurava aculturar os índios, o governo decidiu colonizar a região, incentivando a migração de fazendeiros de outros Estados com a farta distribuição de títulos de propriedade. Essa política começou logo após a Guerra do Paraguai, no fim do século XIX, e ganhou força no primeiro governo Getúlio Vargas (1930-1945), quando lotes de 30 hectares foram largamente distribuídos. Grande parte dessa reforma agrária foi feita em terrenos tradicionalmente ocupados por índios.

E é aí que reside a grande particularidade do litígio indígena no Mato Grosso do Sul. Ao contrário do que ocorre no norte do país, onde muitas terras foram griladas, os fazendeiros da região de Dourados têm títulos legítimos de propriedade. Esse fato, alicerce da defesa dos produtores rurais, não é questionado nem pelos mais aguerridos militantes da causa indígena. "Os proprietários aqui têm títulos, alguns centenários", diz Eduardo Riedel, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul).

No início, com baixa densidade populacional, matas extensas e propriedades rurais ainda pequenas, os conflitos entre índios e fazendeiros eram pontuais. Nem todos os guaranis-caiovás foram removidos para as oito reservas. Muitos continuaram na mata, conviviam e recebiam pequenos favores dos fazendeiros. "Entre as décadas de 1950 e 1980, na implantação das fazendas, vários guaranis-caiovás trabalharam na derrubada do mato da região que habitavam", escreveu o antropólogo Tonico Benites, caso raro de guarani-caiová com formação superior - hoje ele faz doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Nas últimas duas décadas, tudo mudou. Com o desmatamento geral, o agigantamento das propriedades e a mecanização, índios que ainda estavam na mata foram espremidos nos fundões das fazendas ou obrigados a mudar para uma das oito reservas que, àquela altura, já estavam superpovoadas. Um levantamento citado por antropólogos dá ideia da brutal transformação ocorrida na região nas últimas décadas. Nos anos 1970, na cidade de Ponta Porã, divisa com o Paraguai, havia cerca de 450 madeireiras em operação. Hoje, há duas. A atividade praticamente deixou de existir, porque não há mais mato para cortar. Quem percorre as rodovias da região vê quilômetros e quilômetros planos de soja, cana e pasto, interrompidos só por tufos de mata, a reserva legal de 20% que toda fazenda precisa ter.

A partir daí, a situação dos guaranis-caiovás começou a se deteriorar de forma acelerada. Diversas famílias que temiam ir para as reservas, ou não queriam se afastar muito de suas áreas tradicionais, passaram a montar acampamentos em beiras de rodovia - é o caso da família de Damiana. São os locais onde a miséria se torna mais evidente.

Outras decidiram retornar à área tradicional. "Quem não suporta ficar na beira de rodovia ou confinado na reserva superpovoada tenta reocupar seu tekohá", diz o cientista político Egon Heck, do Cimi. Tratados como invasores pelos fazendeiros, esses índios procuram ir para o que restou de mata na fazenda. É o caso do grupo Laranjeira Nhanderu, até pouco tempo atrás acampado na calha da BR-163. Depois de duas mortes de criança por desnutrição, duas por atropelamento e dois suicídios, o grupo de uns 100 índios atravessou cerca de 1 quilômetro de soja até atingir a mata onde tentam se organizar. Há alguns dias, finalizaram a estrutura de sua casa de reza. O próximo passo é fazer a cobertura de sapê. O caso está na Justiça.

Dos anos 1980 para cá, o governo demarcou, de forma fragmentada, outros 24.000 hectares para os guaranis-caiovás, somando os atuais 42.000 hectares da etnia. É pouco quando se compara esse total à área reservada para outros povos, mesmo dentro do Mato Grosso do Sul. Na região centro-oeste do Estado, cerca de 3 mil índios cadivéus estão numa reserva de 538.000 hectares. Enquanto cada guarani-caiová possui, em média, 0,9 hectare; cada cadivéu dispõe de 179 hectares. A própria história dos cadivéus é prova de que o atual problema dos guaranis-caiovás tem origem em erros do passado. Conhecidos como índios cavaleiros, os cadivéus garantiram os limites de sua terra num ato assinado por D. Pedro II em agradecimento ao apoio que deram às tropas brasileiras na Guerra do Paraguai. Hoje, vivem bem melhor que os guaranis-caiovás.

A maior concentração de guaranis-caiovás está na reserva de Dourados, a mais problemática das oito demarcações iniciais. A dez minutos do centro da cidade, o local virou numa espécie de favela indígena, com abundante histórico de degradação social. São 3.500 hectares para 14 mil índios, de 40 grupos familiares das etnias guarani-caiová e terena. Estima-se que 10% a 15% das famílias tenham problemas com álcool ou outras drogas (o mapa e as imagens acima dão uma ideia da vida na reserva). O local é palco de denúncias de estupro e até de venda de crianças. Antigamente, o policiamento era feito por uma milícia indígena tutelada pela Funai, cuja atuação era manchada por acusações de abusos. "Quando as milícias deixaram de existir, em 1988, ficou um limbo jurídico que deixou a área totalmente desguarnecida", diz o procurador Delfino. "A polícia do Estado dizia que não poderia entrar na área federal. A PF dizia que sua função não era fazer patrulha." Esse vácuo, somado à relativa proximidade com o Paraguai, tornou a reserva atraente para o narcotráfico.

Somente neste ano o MPF conseguiu firmar um convênio com a PF e a Força Nacional para a realização de patrulhas diárias. Os moradores mais antigos reclamam que a cultura indígena vem perdendo espaço. Um levantamento da pesquisadora Graciela Chamoro identificou 38 locais de culto evangélico na área. A mais forte, dizem os moradores, é a pentecostal Deus é Amor. Outra reclamação é contra a presença de uma pedreira a cerca de um quilômetro de uma das extremidades da reserva. A índia rezadeira Floriza Silva diz que seu companheiro perdeu parte da audição por causa das explosões. A casa de reza da família desmoronou, incidente que todos atribuem aos abalos do solo. Hoje, só restam os pilares. Um levantamento do MPF mostrou que a licença da pedreira é regular.

À beira da rodovia MS-156, que corta a reserva de Dourados ao meio, é possível encontrar crianças brincando num córrego sujo, que, além do esgoto, pode receber agrotóxicos escoados de plantações de soja. "Não sei se isso faz mal", diz a tia de uma delas enquanto observa. Uma das maiores mostras da desconexão entre as demandas do local e as iniciativas do poder público foi a construção de um centro olímpico indígena, ao custo de quase R$ 2 milhões. A instalação, com placa do governador André Puccinelli (PMDB), tem quadra coberta, vestiários, campo de futebol, pista de corrida asfaltada e esculturas coloridas de enormes flechas fincadas no chão, representação que guarda pouca relação com a cultura guarani-caiová. Entregue há menos de um ano, a vila permanece abandonada. Os índios dizem que jamais foram consultados sobre sua construção. "Acho que era melhor aplicar esse dinheiro na saúde, na educação ou na agricultura, né?", diz o índio Estevam Martins, que tem uma casa ao lado. Enquanto a vila era terminada, o MPF acionava judicialmente a prefeitura de Dourados por não ter aplicado R$ 1,8 milhão enviado pela União para programas de saúde na reserva.

Até hoje ninguém sabe mapear os limites das áreas originalmente ocupadas pelos guaranis-caiovás. A Constituição de 1988 diz que todas as áreas indígenas do país deveriam ser identificadas, delimitadas e demarcadas pelo governo em cinco anos. Como apenas uma parte residual disso foi feito no caso dos guaranis-caiovás, o MPF processou o governo pela demora. O resultado, em 2008, foi a criação de seis grupos de trabalho compostos basicamente de antropólogos. Eles deveriam esquadrinhar 26 municípios para identificar e delimitar o território indígena, além de fazer um levantamento fundiário para encontrar os proprietários das áreas.

Os relatórios dos grupos de trabalho, que deveriam ter sido entregues em abril de 2010, não foram integralmente concluídos até hoje. Diversos produtores, temendo perder suas terras, entraram na Justiça para bloquear os trabalhos. De acordo com a Famasul, nos 26 municípios estão 30% dos estabelecimentos agropecuários do Estado, que, juntos, produzem 25% do Produto Interno Bruto sul-matogrossense. Nas cidades, o clima foi de histeria. Espalharam-se boatos de que todas as 26 cidades seriam integralmente desapropriadas. Até uma associação de padeiros se manifestou contra. Fazendeiros no extremo norte do Estado, a centenas de quilômetros da área em disputa, começaram a se armar para expulsar os guaranis-caiovás de suas terras. Com o alvoroço e o aumento da violência, os antropólogos interromperam os estudos alegando falta de segurança. Uma pesquisadora diz que uma espingarda foi apontada para sua cabeça durante uma visita de reconhecimento.

"Com o pânico da população, o racismo contra os índios ficou explícito", diz o juiz Antônio Braga Júnior, auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça, órgão que criou uma comissão para tentar destravar os 126 processos judiciais entre indígenas e fazendeiros na região. "Ele são vistos como párias na sociedade, não recebem a efetiva proteção e são discriminados na busca por empregos, vagas em hospitais e outros serviços." A geógrafa Juliana Mota, que leciona numa escola indígena enquanto conclui seu mestrado, dá um exemplo de como o preconceito se manifesta. "Sabemos que há restaurantes que compram mandioca dos índios porque é mais barato, mas não divulgam com medo de perder clientes", diz."Alguns falam para o índio não entregar o produto no restaurante, pois não querem que os índios sejam vistos por lá. Pedem para entregar em casa." Nas cidades, muitos se referem aos guaranis-caiovás como "bugrada" ou "índios paraguaios".

Numa visita a Dourados, o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi (PMDB) chamou os guaranis-caiovás de "índios nômades" e afirmou que a demarcação de terra indígena na região "põe em risco o direito de propriedade e afrontam a Constituição". Completou o raciocínio com a seguinte conclusão: "Nunca vi nêgo (sic) que invade propriedade alheia produzir 1 quilo de feijão".

Há 15 dias, o cacique Nizio Gomes, rezador do acampamento Guaiviry, no município de Aral Moreira, desapareceu. Segundo testemunhas, ele foi assassinado por pistoleiros e levado numa camionete. O crime repercutiu internacionalmente e levou uma comitiva do governo federal para a região. Há uma semana, as autoridades puderam atestar in loco o clima tenso que domina a área. Acompanhado de um grupo de índios, o secretário de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Paulo Maldos, retornava de uma visita a um outro acampamento quando foi surpreendido por duas camionetes. O ocupante de uma delas começou a pedir identificação e a tirar fotos dos integrantes da comitiva, alguns deles sob o regime especial de proteção da Secretaria de Direitos Humanos. Outro filmava a movimentação. Mais camionetes se aproximavam. Visivelmente nervoso, Maldos começou a discutir com os homens. Sem interromper a gravação, eles respondiam com ironias. Não pareciam intimidados nem com a aproximação dos agentes da Força Nacional, que garantia a segurança da comitiva. Um trecho do vídeo, gravado por um dos ocupantes das camionetes, foi enviado à redação três dias após o incidente por Riedel, o presidente da Famasul (assista abaixo).

Muitos temem pela deterioração da situação no instante que forem divulgadas as áreas que devem ser demarcadas. A previsão é que os primeiros relatórios saiam neste mês. Mais otimistas, outras autoridades envolvidas com a questão acham que poderá haver um esfriamento dos ânimos, pois, segundo as estimativas iniciais, a área total identificada (cerca de 600 mil hectares) é muito menor do que as especulações alarmistas.

A aposta para resolver o litígio é que se encontre uma via legal para indenizar os fazendeiros pelas áreas demarcadas. Seria o único jeito de contemplar os donos de títulos autênticos de terra. O problema é a lei. A Constituição só permite indenização em programas de reforma agrária ou demarcação quilombola. Para terras indígenas, presume-se a posse ancestral dos índios e da União. No Congresso, há um Projeto de Emenda Constitucional que tenta abrir a brecha para as indenizações. Na semana passada, a Assembleia Legislativa aprovou um fundo para financiar pagamentos. Parece o embrião de um acordo entre índios e fazendeiros. "Alguns proprietários aceitariam sair desde que recebessem pela terra", afirma Riedel. "Outros, talvez não. Eles têm o direito de não vender. Mas a comoção é tanta que ninguém tem interesse em manter o conflito."

http://www.reporterbrasil.com.br/clipping.php?id=1827

Os Povos Indígenas

Os povos indígenas somam mais de 370 milhões de pessoas, o equivalente a 120% da população dos Estados Unidos, falam 4.000 dos 7.000 idiomas existentes no mundo, contribuem extensivamente para a diversidade cultural da humanidade e conhecem como ninguém a Terra, como preservar a água, o solo, a biodiversidade e o ciclo completo do ciclo de vida .

Ainda assim, foram deliberadamente submetidos à pobreza, excluídos, oprimidos e exterminados. Suas terras contém os recursos minerais, flora e fauna mais preciosos e comercialmente lucrativos e, por isso, foram fisicamente erradicados por políticos e magnatas que os consideram obstáculos à sua ganância insaciável.

Eles correspondem a um terço dos mais pobres do mundo e vivem em condições sub-humanas em todos os países. A pesquisa da ONU revela uma estatística alarmante sobre pobreza, saúde, educação, emprego, direitos humanos, meio ambiente e muitas outras questões.

Suas vidas e sofrimentos nunca foram notícias de destaque, ninguém fala sobre eles, já que o mundo está ocupado em resgatar os grandes bancos privados e corporações. Hollywood já lucrou muito mostrando-os como seres violentos, néscios, primitivos, de “má índole” em contraste com os brancos “bons” cowboys, xerifes e comandantes militares que conseguem exterminá-los.

Descrevendo os “Desalojados”

Eles são chamados de povos indígenas, os verdadeiros e reais soberanos de imensas terras e culturas que foram metodicamente tomadas por colonizadores estrangeiros, violentos e armados que vieram de longe para se apossarem de seus recursos, conhecimentos e vidas.

A ONU elabora muito bem estudos e realidades das comunidades indígenas.

Segundo a ONU, as comunidades indígenas enfrentam uma “discriminação sistêmica e exclusão do poder político e econômico; eles continuam a ser sobre representados entre os mais pobres, analfabetos e necessitados; eles são desalojados por motivos de guerras e desastres ambientais; expulso das terras de seus ancestrais e privados de seus recursos para sobreviverem, tanto física como culturalmente; deles foi roubado o direito à vida”.

Acrescente-se a isso que “nas visões mais modernas de exploração de mercado, as expressões culturais e tradicionais dos povos indígenas estão sendo comercializados e patenteados sem seu consentimento ou participação”.

Dedicando um “Fórum” aos excluídos

Após décadas de discussões extensas e caras, as Nações Unidas decidiram "reconhecê-los" e estabelecer uma nova "reserva denominada "Fórum Permanente das Nações Unidas sobre as Questões Indígenas das Nações Unidas”. Vejam bem, questões.

O mundo foi tão generoso para com eles, que lhes deram a chance de ter uma Conferência Mundial sobre os Povos Indígenas, que será realizada em 2014. Seguindo o estilo do homem branco, a ONU também lhes dará a oportunidade de um encontro entre os dias 7 e 18 de maio de 2012 na sede da ONU em Nova York para tratar das questões indígenas..

Alguns fatos sobre os“Índios”

Os fatos abordados em “Estado dos Povos Indígenas do Mundo” da ONU em 2010 http://www.un.org/esa/socdev/unpfii/documents/SOWIP_web.pdfsão estarrecedores. Enumeramos alguns:

  • Nos Estados Unidos, um nativo americano é 600 vezes mais suscetível a contrair tuberculose e 62% a cometer suicídio do que a população em geral.
  • Na Austrália, uma criança indígena tem a expectativa de vier 20 menos mais cedo do que seu compatriota não indígena. Essa diferença também se reflete na Austrália, caindo para 13 na Guatemala e 11 na Nova Zelândia.
  • Em certas áreas do Equador, os indígenas correm o risco de contrair câncer de garganta 30 vezes mais do que a média nacional.
  • E no mundo, mais de 50 por cento de adultos indígenas sofrem de diabete tipo 2, um número que tende a crescer.

Uma realidade estarrecedora

Estas são apenas algumas das estatísticas estarrecedoras apresentadas na primeira publicação sobre as Condições dos Povos Indígenas do Mundo, que a ONU generosamente considera como “uma avaliação completa da situação das comunidades indígenas no campo da saúde, pobreza, educação e direitos humanos”.

O relatório aponta que a população indígena é de aproximadamente 370 milhões, o que corresponde a 5% do total mundial, “eles compõem cerca de um terço das 900 milhões de pessoas que vivem em extrema pobreza em áreas rurais”.

E acrescenta que “todos os dias, as comunidades indígenas de todo o mundo sofrem com a violência e brutalidade, políticas de assimilação continuada, desapropriação de terras, marginalização, remoção ou realocação forçada, não reconhecimento dos direitos sobre a terra, impactos causados pelo desenvolvimento em larga escala, abusos de forças militares e uma série de outras práticas abusiva.”

“Situação Alarmante na Saúde”

As estatísticas publicadas ilustram a gravidade da situação tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento.

Nutrição precária, acesso limitado a cuidados médicos, falta de recursos essenciais para a manutenção da saúde e bem-estar além da contaminação dos recursos naturais são fatores que contribuem para o estado estarrecedor da saúde da população indígena do mundo.

De acordo com o relatório:

  • A expectativa de vida de povos indígenas chega a apresentar uma discrepância de 20 anos a menos em comparação com os não indígenas.
  • Os povos indígenas ainda apresentam altos índices de mortalidade infantil e materna, desnutrição, doenças cardiovasculares, HIV/AIDS e outras doenças infecciosas como a malária e a tuberculose.
  • Os índices de suicídio na comunidade indígena, particularmente entre os jovens, são consideravelmente mais altos em muitos países, por exemplo, no Canadá os Inuit apresentam um índice 11 vezes maior que a média nacional.

“Alguns Recursos”

Certamente, a assim denominada comunidade internacional os ajudou. Na verdade, o sistema das Nações Unidas definiu “alguns recursos” que são “destinados especificamente para os povos indígenas.”

Segundo a ONU, “Alguns desses recursos são destinados a dar suporte financeiro à participação de povos indígenas nas reuniões da ONU, enquanto outros recursos são destinados para pequenos projetos”.

Além desses recursos, “há muitos doadores que financiam a participação da comunidade indígena no Fórum e em outras atividades..” Sem comentário.



Pressenza - Internacional Press Agency
Por: Human Wrongs Watch, 12/17/11


*Nascido no Egito, Baher Kamal é cidadão espanhol, secular, jornalista pacifista e analista especializado em assuntos internacionais e desenvolvimento humano. Ele é editor e redator de Human Wrongs Watch. Este artigo pode ser reproduzido, mantendo inalterados o link para: Human Wrongs Watch

Relacionado a: www.un.org http://www.un.org/esa/socdev/unpfii/index.html| 2011 Human Wrongs Watchhttp://human-wrongs-watch.net/

http://visaohumanista.blogspot.com/2011/12/eles-os-povos-indigenas.html

Justiça determina que índios que ocupam sede da Funai em Tapejara-RS retornem à Charrua

Decisão foi tomada após ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual


Uma decisão da Justiça deve garantir até o fim da tarde de sexta-feira o retorno à Charrua de cerca de 150 índios que ocupam a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Tapejara, no norte do Estado. A ação civil pública foi movida pelo Ministério Público Estadual diante da situação de vulnerabilidade social de crianças e adolescentes.

A decisão prevê que a prefeitura de Charrua acolha as famílias. O prefeito Luiz Carlos Franklin da Silva garante que um ginásio de esportes está preparado para receber os índios e revela que o município oferecerá alimentação e condições básicas para que eles aguardem um acordo para o retorno à Reserva do Ligeiro.

O transporte dos índios até Charrua será feito por ônibus da prefeitura de Tapejara. O prefeito Seger Luiz Menegaz afirma que os motoristas estão de sobreaviso aguardando a confirmação da viagem para conduzir as famílias ao município vizinho, a 14 quilômetros de distância. Ele também cobra mais agilidade dos órgãos federais, especialmente da Funai, para que haja um acordo entre os índios e o retorno à reserva.

— Estamos indignados com a morosidade para a tomada de providências, mas esperamos que a situação seja resolvida ainda nesta sexta-feira — ressalta Menegaz.

Enquanto aguardam um desfecho para o caso, os índios permanecem na sede da Funai em Tapejara, onde estão desde sábado. Eles improvisaram quartos nas salas do escritório, têm acesso aos documentos da unidade e até utilizam um computador disponível no local. Com água disponível, os indígenas recebem doações da comunidade para se alimentar. À noite, alguns índios chegam a dormir nas calçadas.

Eles reivindicam o retorno imediato à reserva, de onde saíram às pressas no sábado após um tumulto que resultou em tiroteio, casas incendiadas e mais de 15 feridos. O estopim para o conflito foi um desacordo sobre a venda ilegal de bebida alcoólica na área. O acordo esbarra na posição do cacique Vilásio Candinho, que restringe a volta de seis famílias que, segundo ele, liderariam o grupo.

Uma reunião entre representantes da Funai e dos índios, prevista para a tarde de sexta-feira em Passo Fundo, pode selar o acordo a qualquer momento. Procurados via telefone por ZH, os representantes da Funai não atenderam às ligações.

http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/noticia/2011/12/justica-determina-que-indios-que-ocupam-sede-da-funai-em-tapejara-retornem-a-charrua-3606858.html

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Importantes obras para Porto Seguro-BA - Governador Wagner e Prefeito Abade




O município de Porto Seguro comemorou a visita do governador Jaques Wagner nesta terça-feira, 20 de dezembro, quando, junto com o Prefeito Abade, importantes obras foram entregues à população. Saúde, Educação e Habitação foram os setores contemplados com melhorias, dando mais dignidade e qualidade de vida aos moradores e usuários dos serviços públicos.

Ao chegar no Aeroporto de Porto Seguro, por volta das 8h30, o governador foi recebido pelo prefeito Abade, por políticos, correligionários e amigos. De lá, seguiu para a nova sede do Hospital Municipal de Porto Seguro, localizado na Avenida dos Navegantes, 640, onde visitou e elogiou as novas instalações, que contam com uma estrutura jamais vista na rede pública do extremo Sul da Bahia. O Hospital já está em funcionamento, atendendo em pronto-atendimento para urgências e emergências, com consultas médicas, de enfermagem e radiografia. Também serão realizadas cirurgia eletivas.

Ainda na área de Saúde, o governador inaugurou o Centro de Fisioterapia de Porto Seguro, que funciona na rua Pero Vaz de Caminha, 129. O espaço foi criado para melhor acompanhamento dos pacientes que necessitam de tratamento, contando com academia, pátio e área verde com acesso para portadores de necessidades especiais.

O governador Wagner e o prefeito Abade conversaram com o jovem Jonhy, de 19 anos, que está em uma cadeira de rodas e utilizará o Centro de Fisioterapia em seu tratamento. “Caí de moto no ano passado e agora estou muito feliz porque poderei fazer a fisioterapia aqui. Gostei muito do lugar”, afirmou.

“Poucas vezes vi uma escola pública tão caprichada”, disse Wagner

Depois foi a vez da Educação de Porto Seguro ser contemplada com mais uma obra de ponta da administração de Abade. O governador seguiu para a Escola Municipal Valdívio Costa, no bairro Parque Ecológico João Carlos, onde conheceu as instalações de uma escola modelo, que atenderá mil alunos com creche, playground, piscina, cinema, teatro e praça de alimentação.

O governador desejou Feliz Natal a todos escrevendo na lousa digital de uma das salas de aula e ficou surpreso ao ser recepcionado pela Orquestra Sinfônica do Descobrimento no auditório da escola. “Poucas vezes vi uma escola pública tão caprichada e bem montada. Parabéns, Abade, porque o povo gosta e merece coisa boa. Hoje já sabemos que o povo gosta de político que trabalha. Tem gente que fica de fora criticando, mas que não fez na hora que estava no governo, não fez na hora que teve oportunidade e agora fica criticando seu trabalho”, afirmou o governador Wagner.

Mais 968 famílias realizam o sonho da casa própria

E para realizar o sonho da casa própria em Porto Seguro, o governador Wagner e o prefeito Abade seguiram para a inauguração de mais 968 casas do programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, no Residencial Porto Seguro II e III, também no Parque Ecológico João Carlos.

As portadoras de necessidades especiais Ednélia Lírio e Evanete Rodrigues receberam as chaves das mãos do governador Wagner e não conseguiram conter a satisfação em finalmente realizar o sonho da casa própria. “É um grande felicidade para mim, estou esperando há muito tempo para sair do aluguel e hoje realizo meu grande sonho”, declarou Ednélia.

A comunidade indígena de Barra Velha
também foi contemplada com 44 unidades habitacionais e receberá mais 63. Os indígenas foram representados pelo cacique Urubaya Pataxó, que destacou a necessidade de moradias dignas para a aldeia. “Queremos agradecer ao governador e ao prefeito Abade, que tem sido nosso grande parceiro”, falou.

O empreendimento “Minha Casa, Minha Vida”, em Porto Seguro, recebeu investimentos de aproximadamente R$ 40 milhões e beneficiará cerca de 4.800 pessoas que irão morar com dignidade em apartamentos de dois quartos, sala, cozinha, área de serviço e banheiro social, com área média de 37 metros quadrados. A vila também conta com infraestrutura urbana, sanitária, além de quiosques, campo de futebol e parque infantil.

A transformação por todos os cantos do município

O prefeito Abade destacou a transformação que vem sendo realizada em Porto Seguro, durante sua administração. O bairro Parque Ecológico João Carlos, onde foram construídas as casas, servia para desova de cadáveres e acerto de contas entre bandidos. “Transformamos este local e hoje as pessoas vivem aqui com dignidade”, disse o prefeito.

Ele também destacou a merenda escolar, que atualmente é referência para o mundo e recebeu uma comitiva internacional de 17 diferentes países, interessados em conhecer as boas práticas do município. E falou também do asfalto que está sendo feito em cinco bairros, com recursos municipais. “Aproveitamos para solicitar ao governador que nos ajude a asfaltar mais bairros e ele se prontificou a ajudar”, afirmou Abade.

Segurança Pública: instalação da Base Comunitária de Segurança já é realidade

O governador da Bahia reafirmou o compromisso de instalar uma Base Comunitária de Segurança no Baianão ainda no primeiro semestre de 2012 e destacou a agilidade da polícia nos atos de vandalismo praticados em Porto Seguro no início do mês. “Sabemos que o crack é o mal da nossa juventude e estamos junto com a presidente Dilma no programa que ela lançou para combatermos esta droga tão terrível. E peço a vocês que denunciem qualquer traficante que queira se instalar nesta vila. Vamos fazer deste condomínio um lugar agradável”, completou o governador.

Wagner também destacou o trabalho do prefeito Abade e o parabenizou pelos novos equipamentos entregues à comunidade. “Abade é um prefeito aliado, uma pessoa séria e interessada em melhorar a cidade. Por isso vamos continuar ajudando Porto Seguro, que é um município que mora no coração dos baianos e do Brasil”, completou o governador.

O evento contou com a presença do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo; do deputado estadual Ronaldo Carletto; do secretário de Saúde da Bahia, Jorge Solla; do superintendente da regional Sul da Caixa Econômica Federal, Luiz Antônio Souza; de prefeitos da região, autoridades das Polícias Civil e Militar, além do secretariado municipal e dos vereadores de Porto Seguro.

Cyntia Farabotti

Fotos: Hadja

http://www.vitrinedacosta.com/2011/12/governador-wagner-e-prefeito-abade.html